domingo, 24 de junho de 2007

Abortando fagulhas nervosas




Sempre me senti... muito.
Quero dizer
sempre me sinto
mas
sempre me senti de um jeito...
um jeito de se sentir que sente mais
que sente mais que os próprios limites do corpo
e dos sentidos próprios à este

aquela extensão elasticamente imprevisível da arte...

sempre... sempre me senti muito...
diferente?
Não sei, porque nisso me sinto igual
todos somos assim, diferentes...
mas sinto-me... estranho?
Não exatamente, faço parte,
sinto-me...

Esquisito! Será essa a concepção do número 1 (um) nos confins da minha mente? Uno, único, individuo-all?

...difícil procurar as palavras
assim me sinto, difícil
e esquisito, estranho à mim mesmo
a cada instante
Sinto-me?
Tudo muda tão veloz

tento
essa tentativa, a-narrativa
essa força que se faz por alcançar aquilo que...

bem

aquilo que
aquilo que as palavras não alcançam

Sinto-me tão sem jeito comigo esmo
comigo mesmo?
Sei-me esse sentir que esvaira-se feito a maresia no vento sul
sei-me? De onde vem o sul se desconheço o norte?

Sinto na estranha loucura da minha percepção existencial
uma espécie de constante, uma constante
diante do fato eterna e gradualmente agravante
que se instala ciclicamente em meu ser

este sendo que nem sente,
que tanto tenta que nem mente
incrédulo e contente, venta

Ahhh
Auxente presença que me aguente
enquanto eu existir, conformadamente
que nem me tente
que não me minta
que nem me enfrente...

Minhas asas são invisíveis
não poderão ser podadas...

Em mim nunca caberão fronteiras
e o que não sei o que faço...

simplesmente deixo ao que fadado inconstatável é:

e pensaria comigo:
_É solução minha!

Mas pra que fosse entendido diria:
_É problema meu!

E a satisfação seria intrínseca, mas nunca o foi...
e a gente inventa ela racionalmente
quando
verdadeiramente
experimenta-a

e se perde,
razão irracional
tentando encontrar explicação
e se encontrando, que em si mesma
é que está toda a criação...
toda invenção entre o bem e o mal...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi sou eu,
não importa quem sou, importa que eu....

Felipe, quando fecho meus olhos e vejo vc, vejo um portal aberto em seu peito, uma passagem, um elo direto entre a gente que te ve o o Sol, o nosso senhor astro Rei, Felipe vc é o profeta do Sol, vc espalha luz onde vai, vc da luz pra todos, vc é maravilhoso